Seca histórica: governo recomenda medidas preventivas para garantir abastecimento de energia no país

  • 05/09/2024
Comitê formado pelo Ministério de Minas e Energia e outros órgãos que compõem o sistema elétrico afirma que há incertezas sobre os efeitos do La Niña, associada à previsão de menos chuva e temperaturas mais altas no próximo trimestre. Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico recomenda medidas preventivas pra garantir abastecimento A seca histórica pode afetar a geração de energia. O Comitê de Monitoramento de Setor Elétrico já está recomendando que o país adote medidas preventivas para garantir o abastecimento. O nível dos principais reservatórios das hidrelétricas caiu com a falta de chuva. Hoje, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, elas estão com 55% da capacidade de água armazenada. Em 2023, nessa mesma época, estavam com quase 80%. E o governo considera que a situação pode piorar. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - que é formado pelo Ministério de Minas e Energia e outros órgãos do sistema - afirma que há incertezas sobre os efeitos do La Niña, associadas à previsão de menos chuva e temperaturas mais altas no próximo trimestre. Hoje, o governo já está trabalhando com usinas termelétricas, que são mais caras. O comitê liberou a contratação de outras duas usinas termoelétricas - mais caras ainda. Autorizou, também, que Belo Monte opere com menor vazão de água, e quer acelerar a entrada em operação de cinco novas linhas de transmissão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que não há risco de crise no abastecimento. Mas o consumidor vai sentir no bolso agora em setembro o resultado dessa estiagem toda. Após três anos, o governo voltou a acionar a bandeira vermelha - que é mais cara. Na sexta-feira (30), a Agência Nacional de Energia Elétrica chegou a anunciar que seria a bandeira vermelha patamar dois. Nesta quarta-feira (4), no início da noite, depois de rever os cálculos, mudou para a bandeira para vermelha patamar um - menos cara: R$ 4,46 a mais por 100 kWh consumidos. Especialistas afirmam que hoje o uso das termelétricas é inevitável. Mas, segundo eles, o governo teria outras opções. "Temos a tendência a utilizar apenas as térmicas como mitigador do problema. O nosso entendimento é que existem outras alternativas que juntamente com as térmicas podem tranquilizar a população. Os grandes consumidores que podem alterar seus modos de produção, reduzindo o consumo na hora da ponta e, consequentemente, fazendo com que a gente precise menos potência e menos geração térmica", afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia. "Seria muito mais razoável, mesmo na situação atual, premiar quem consumir menos do que estimular o consumo maior e mais caro com a termoelétrica. É uma medida muito mais eficaz e positiva, não vai emitir CO2, você não vai aquecer mais. Ou seja, seria uma medida muito mais prudente, e eu diria que com efeitos até maiores do que despachar mais termoelétrica", afirma o ex-diretor da Aneel Edvaldo Santana. LEIA TAMBÉM Governo recomenda 'medidas preventivas' para garantir suprimento de energia durante seca histórica Brasil enfrenta a maior seca da história, diz órgão do governo federal Brasil não terá no ano que vem crise energética como a que atravessou em 2021, diz ministro

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/09/04/seca-historica-governo-recomenda-medidas-preventivas-para-garantir-abastecimento-de-energia-no-pais.ghtml


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